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sábado, 29 de janeiro de 2011

Educação no Brasil - Parte II

É interessante como o Brasil, segundo os dizeres dos governantes, deve avançar na educação. Digo isso por um simples motivo: a escola simplesmente está preocupada com os conteúdos por ela disseminados e que fazem parte da grade curricular básica de ensino.

Mas o que se pode fazer diante disso? Para que serve a instituição escola?

Muitos pensadores, com suas teorias, dizem que o Homem é um ser pensante, mas me faço o seguinte questionamento: será que realmente somos seres pensantes, ou simplesmente somos reprodutores daquilo que alguns dizem que devemos fazer? Pergunto isso por um motivo: a escola brasileira é "conteudista" demais. Você deve estar perguntando neste momento o que viria a ser essa expressão. "Conteudista" é um termo que os educadores utilizam para dizer que a escola nada mais é do que uma instituição que visa somente seus conteúdos curriculares. Para melhorar a compreensão disso, imagine a disciplina de língua portuguesa. O que aprendemos em língua portuguesa (ou deveríamos aprender, em muitos casos)? Gramática e mais gramática (no caso do Ensino Médio, ainda temos a literatura sob a base da análise literária e teoria literária, mas nunca sob a perspectiva de se falar, ao menos um pouco que seja, de cultura e relações sociais).

A verdadeira educação deve, em suas bases supremas, segundo grandes pensadores, como Piaget, Jean Jaquès Rousseau entre outros, dar ao Homem a capacitação de melhoria de suas habilidades natas, passando pelas várias fases do aprendizado e da vivência, quer seja essa vivência social, física ou cultural. essas habilidades natas à Humanidade não está apenas em suas aptidões físicas, pois nos sairíamos derrotados se observadas as características de outros grupos de animais, como os felinos, por exemplo; essas habilidades consistem, na verdade, na junção de diversas características inerentes aos Homens, que vão desde o aspecto físico, passando pelo social (que também possui grandes representantes como os insetos, a saber a organização das formigas e  abelhas, ainda que numa proporção bem diferente da nossa), permeando as aptidões de sobrevivência e adequação humanos e chegando até um ponto crucial, a cultura.

Cultura está ligada a costumes, está ligada às relações sociais de diversos indivíduos, está firmemente enraizada nos certames jurídicos, passando pelas relações familiares (base concreta da sociedade - patriarcal, no caso do Brasil). Ela é um grande componente das matrizes curriculares, mas muito ignorada pelas Instituições de base, visto que os conteúdos são primados nas escolas brasileiras. De fato, as escolas devem passar seus conteúdos, porém eles não devem ser os únicos norteadores das matrizes curriculares. O próprio MEC (Ministério da Educação) já defende isso há alguns anos, dando princípios norteadores às escolas de ensinos Fundamental e Médio, são os famosos PCN's. Os PCN's, ou Parâmetros Curriculares Nacionais, preveem que o ensino deva ir além dos conteúdos, ou seja, dar o conteúdo e extrapolá-los. Segundo eles, todo o conteúdo deve se firmar no princípio dos parâmetros de interdisciplinaridade e questões cujas temáticas sejam transversais.

Mas o que seria isso? Simples. Temas interligados ao mundo externo, como, por exemplo, questões que envolvam o meio-ambiente e a responsabilidade de cuidar dele, as relações sociais e políticas de inclusão, são e devem ser trazidas às muralhas e fortificações do ambiente escolar. Infelizmente, isso pouco ocorre, e, em alguns casos, são pura e simplesmente ignorados pelas escolas.

Mas sabe o que é mais estranho nisso? É que essa proposta do MEC não é muito nova não... Ela, basicamente, nasceu com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) da educação (Lei 9394/96), ou seja, desde 1996.

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